Chame nas Escolas: palestra sobre violência doméstica visa contribuir para formação psicológica de alunos
Estudantes da Fagundes Varela foram contemplados nesta segunda-feira.

Alunos do 6⁰ e 7⁰ ano da Escola Estadual Fagundes Varela, na zona Oeste de Boa Vista, foram contemplados nesta segunda-feira, 29, com uma palestra sobre violência doméstica e familiar, ministrada por uma equipe do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) da Assembleia Legislativa (ALE-RR).

Gabriella Moraes, de 12 anos, é aluna do 7⁰ ano. Ela ressalta a importância de haver palestras sobre o tema nas escolas.
“Achei bem importante. Hoje em dia, muitas mulheres sofrem com isso, e está no nosso cotidiano. Acho que a gente tem que ajudar os outros”, disse.
Para Socorrita Freitas, orientadora educacional da escola, as palestras são fundamentais, uma vez que contribuem para a formação psicológica dos alunos.
“Nós moramos em um bairro vulnerável em relação à violência doméstica. Temos conversado com alguns alunos que, infelizmente, passam por isso em seus lares. Quando a gente percebe que eles estão muito inquietos, conversamos com eles. Uma palestra como essa vem para fortalecer, fazer com que eles entendam o que é, e dizer que eles não estão desamparados”, pontuou.

Conforme o psicólogo do Centro Reflexivo Reconstruir, Jadiel Espinosa, o público-alvo das palestras geralmente ainda não tem total entendimento sobre o tema devido à pouca idade. Por isso, a proposta é levar informação para que eles consigam identificar, principalmente, dentro de casa.
“Alguns até vivem em um ambiente familiar onde acontece violência doméstica e desconhecem, pois, na verdade, estão acostumados apenas com a violência física. A proposta da secretaria em explicar os outros tipos, como a psicológica e patrimonial, é trazer informação, para que, caso alguém vivencie isso, possa denunciar ou ter outro meio de ajudar a mãe, por exemplo”, destacou.

Desde o ano passado, o órgão percorre as instituições de ensino e órgãos públicos levando informações sobre comportamentos que sinalizam violência doméstica, onde procurar ajuda e quais os canais de denúncias. Para solicitar a palestra, basta acionar o ZapChame no número (95) 98402-0502. A ferramenta funciona 24 horas, inclusive nos fins de semana e feriados.
A Secretaria Especial da Mulher funciona na Avenida Santos Dumont, 1470, Aparecida. Os atendimentos presenciais ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e também em Rorainópolis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h (sem intervalo para o almoço), na BR-174, próximo à rodoviária.